"Eu prefiro ser um otimista e estar errado do que ser um pessimista e estar certo"
Albert Einstein

domingo, 27 de março de 2011

CEDERJ PVS - Folha de Exercícios Capítulo 2


Pessoal,
Estamos iniciando os trabalhos, e é importante não perdermos o embalo das aulas. Quero realmente de coração contribuir para que vocês confiem em si mesmos, se preparem e consigam alcançar seus objetivos. 

PS: Na aula que vem divulgo o gabarito!!

Abraços e bons estudos

Cap. 2: América e África e Ásia antes do contato com os europeus


UFF 2011 – etapa 1

42.  “ (...) foi relativamente rápida a tragédia dos Waimiri-Atruahi. Foram derrotados, mas como os Txukahamai, impuseram imensas derrotas a seus inimigos brancos, através de muitos ataques entre 1968 e 1975. Depois disso, a doença, as muitas mortes, a invasão do território pela estrada, pela hidrelétrica, pela mineradora. A história se repete, mais ou menos a mesma, com os Arara, na Transamazônica, com os Parakanã, removidos três vezes em conseqüência da invasão de seu território pela estrada e pelas águas da hidrelétrica de Tucuruí.”
MARTINS, José de Souza. A chegada do estranho. São Paulo, Hucitec, 1993, p.75.
Se é possível falarmos hoje de uma História do índio no Brasil, é preciso considerar as rupturas e continuidades nos projetos de proteção ou de destruição de comunidades indígenas. Sobre isso, pode-se afirmar que

(A) a história da expulsão de comunidades indígenas deve ser analisada não somente pelo seu viés econômico.
Trata-se também da destruição de seus valores culturais. Tais valores foram reconhecidos e consagrados pela Carta Magna de 1988.
(B) a legislação indigenista do período pombalino inaugurou a política de reconhecimento dos valores culturais dos índios que se manteria, sem alterações, ao longo do Império brasileiro.
(C) o emprego de técnicas para disseminar doenças desconhecidas pelos índios é uma prática atual para acelerar o processo de extermínio de comunidades, na maior parte das vezes, assentadas em áreas inférteis e desvalorizadas para o capital.
(D) ao contrário das expectativas otimistas e de uma história recente de preservação das comunidades, a população indígena tem diminuído nos últimos anos.
(E) a conjuntura a que se refere o autor representa o período de ditadura, quando os projetos de expansão agrícola para as áreas amazônicas foram beneficiados com incentivos fiscais e por uma política agrária que não regularizava as terras pertencentes às comunidades indígenas.



CEDERJ 2009
6. “Achamos toda a terra habitada por gente nua, tanto os homens como as mulheres, sem cobrir suas vergonhas. (...) Não têm nem lei nem fé alguma. Vivem segundo a natureza. Não conhecem a imortalidade da alma. Não possuem entre si bens próprios, porque tudo é comum. (...) não têm rei, nem obedecem a ninguém: cada um é senhor de si.”
Este é um trecho da carta que o navegante Américo Vespúcio escreveu ao visitar o litoral brasileiro em 1502. Nesse trecho, ele se referia aos indígenas brasileiros.
Sua maneira de descrever o modo de vida dos nativos revela:
(A) uma profunda compreensão sobre os hábitos locais;
(B) o interesse econômico sobre as riquezas da terra;
(C) seu estranhamento frente aos costumes dos índios;
(D) sua piedade cristã face aos pecados dos nativos;
(E) uma atitude em defesa da conversão dos índios.

ENEM2009

54. Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terrafloresta”,
não é um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada
por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os
brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede.
ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil
Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado).
De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que
A) a floresta não possui organismos decompositores.
B ) o potencial econômico da floresta deve ser explorado.
C )o homem branco convive harmonicamente com urihi.
D) as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital.
E )Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais.

Questão 74
No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de
culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado. No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois
A )as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações.
B )as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas.
C )as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si.
D )os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estado da Grécia.
E ) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.

ENEM 2010




CEDERJ 2008

6. “Os Tupinikim e os Tupinambá, que habitavam a Bahia e Pernambuco, tinham a agricultura mais desenvolvida, eram hábeis caçadores e pescadores. Assim, não se interessaram por esse
sistema de grandes fazendas onde eles seriam a mão-de-obra. Os alimentos abundavam nas aldeias e ainda tinham um excesso, que permutavam com os portugueses.”
(JECUPÉ, Kaka W.. A terra dos mil povos: história indígena brasileira
contada por um índio. São Paulo: 1998)
O trecho acima apresenta uma das dificuldades enfrentadas por colonizadores portugueses para implantar um sistema de exploração econômica na terra conquistada. Entre os problemas enfrentados pelo colonizador português para o uso da mão-de-obra indígena, durante o século XVI, podemos citar:
(A) o declínio demográfico das populações indígenas e a resistência indígena contra o colonizador;
(B) a concorrência entre a mão-de-obra portuguesa e a indígena e o desinteresse da Coroa portuguesa;
(C) a resistência dos senhores de engenho e a fuga dos índios das áreas de expansão agrícola;
(D) os conflitos entre colonos e a Igreja Católica e o alto preço da mão-de-obra indígena;
(E) as guerras intertribais e o desprezo das sociedades indígenas pelo trabalho;

CEDERJ 2007

6 - “Esta parte da América [o Brasil] é habitada por pessoas
maravilhosamente estranhas e selvagens: sem fé, sem lei, sem civilidade alguma, vivendo como animais irracionais, como a natureza os produziu, comendo raízes, permanecendo sempre nus, tanto homens como mulheres, até o momento em que, talvez, forem visitados pelos cristãos, que poderão, aos poucos, despojá-los dessa brutalidade para assumir um modo mais civil e mais humano”
(A. Thévet. La cosmographie universelle.)
O texto acima ilustra a relação entre europeus e nativos na América Portuguesa, na visão do conquistador europeu.
Assinale a opção que melhor expressa esta relação:
(A) os europeus acreditavam que as populações indígenas estavam condenadas ao atraso e à ignorância;
(B) os colonizadores mantinham um respeito irrestrito aos hábitos e costumes das populações nativas;
(C) os europeus construíam visões preconceituosas sobre as populações nativas;
(D) os europeus reconheciam a superioridade da cultura indígena quando comparada com a européia;
(E) as sociedades européias incorporavam os modos e hábitos indígenas ao identificarem a originalidade das sociedades do Novo Mundo.