"Eu prefiro ser um otimista e estar errado do que ser um pessimista e estar certo"
Albert Einstein

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Texto Complementar: Colonização do Brasil

Galera do Intensivo:

Publico um texto extra sobre a aula deste sábado (capítulo 6)

Abraços

Luiz


Colonização do Brasil no século XVI


A Colonização no Brasil no século XVI abrange o momento em que os portugueses chegam aqui e inicialmente não se interessam em povoar efetivamente as novas terras, devido ao desconhecimento das riquezas da região. A princípio, a prática de trocas mercantis com os índios (o escambo) marcou esse desinteresse.
A ameaça estrangeira visando invadir essas terras levou os portugueses a efetivamente se preocuparem com a colonização do Brasil, mandando tropas, organizando a administração e incentivando a produção econômica do açúcar, através do trabalho escravo indígena, sendo depois substituído pela escravidão africana.


Descobrimento ou Reconhecimento?

Os portugueses não vieram para o Brasil por acaso, não houve um descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Os portugueses eram experientes no mar e já conheciam a rota de contorno da África para o Oriente (Bartolomeu Dias atravessou o Cabo da Boa Esperança em 1488 e Vasco da Gama chegou à Índia em 1498). Por isso seria difícil os portugueses terem perdido o rumo e vindo para a América do Sul. Além disso, a frota de Pedro Álvares Cabral era uma esquadra de guerra com 13 navios e mais de 1.200 homens com objetivo de forçar os mercadores asiáticos a comerciarem com os portugueses.
Pedro Álvares Cabral “matou dois coelhos numa cajadada”: aproveitou a viagem pra Índia e deu uma passada por aqui. Ele desviou o caminho? Não, ele seguiu a correnteza. Era mais fácil se aproximar do Brasil e depois rumar para o Cabo da Boa Esperança do que seguir explorando o litoral africano, devido aos ventos e correntezas marítimas.
Mas o que comprovaria o fato dos portugueses terem uma idéia de que havia terras por aqui? O famoso Tratado de Tordesilhas, que definiu a fronteira entre América Hispânica e Portuguesa foi feito em 1494. Os portugueses não iam assinar um tratado para dominar um monte de mar... Eles acreditavam que existia terra por aqui, só não a conheciam.

O período pré-colonizador (1500-30)

Os primeiros trinta anos de contato dos portugueses com o Brasil foram caracterizados pela não efetivação de um projeto colonizador. Isso porque os portugueses estavam muito interessados no comércio com o Oriente, e o Brasil serviu nesse momento como entreposto na viagem para as Índias (devido ao famoso regime de ventos do Atlântico) e como local para reformar os barcos e abastecer de água e  mantimentos, além de extrair o pau-brasil. Essa árvore não era importante somente para tingir tecidos com sua ceiva, mas também para fabricação de móveis, sendo uma madeira valiosa no mercado europeu. Falamos dos portugueses, mas e os índios? Muitos índios viviam no litoral, mas o principal grupo deles pertencia à família tupi, os tupinambás. Porém, os primeiros índios a terem contato com os portugueses foram os tupiniquins, habitantes do Sul da Bahia e de São Paulo, entre Santos e Bertioga.Esse contato foi pacífico no período pré-colonizador, e as relações entre eles era feita através do escambo. Os portugueses adquiriam dos tupiniquins o pau-brasil, que era uma árvore que ficava espalhada na floresta, e portanto só quem conhecia a mata (os índios) sabia aonde essa árvore se encontrava. Além disso, os portugueses obtinham mantimentos, principalmente um alimento que faz parte do nosso cardápio até hoje: a farinha de mandioca. Em troca, os portugueses davam aos índios espelhos e enfeites, mas também objetos que ajudariam na vida dos índios, como facas e outros objetos de metal, até armas de fogo (lógico que não era uma prática comum) para serem utilizadas na caça. É preconceituoso dizer que os portugueses davam “quinquilharias” aos índios, pois parece que os mesmos eram um bando de burros e ingênuos e ralavam duro cortando madeiras em troca de coisas inúteis.
Nem todos os índios brasileiros trocaram figurinhas com os portugueses. Os tupinambás foram fortes inimigos dos portugueses. Esses índios eram canibais: acreditavam que comendo a carne do inimigo, adquiriam a força do mesmo. Os tupinambás foram aliados dos franceses na tentativa dos mesmos de implantarem uma colônia na Baía de Guanabara, a França Antártica.
Além dos tupinambás, os aimorés e os potiguares (estes últimos viviam na região do Rio Grande do Norte. Por sinal, quem nasce lá hoje ´chamado de potiguar por isso) também deram trabalho. Dessa forma, é necessário refletir a idéia dos índios ingênuos e coitados que aceitaram pacificamente a colonização. Muitos deles resistiram, guerrearam, morreram lutando por sua liberdade ao invés de se submeterem ao trabalho forçado.


A colonização efetiva (1530 em diante)

Os franceses nunca aceitaram a divisão da América entre espanhóis e portugueses. Eles ironizavam dizendo que não conheciam a carta de Adão e Eva que dizia que a América deveria ser de Portugal e Espanha. Devido à ameaça estrangeira, os portugueses decidiram ocupar o território, dividindo-o em capitanias hereditárias a partir de 1534.
As capitanias hereditárias na verdade era um sistema de poder descentralizado, na qual deveria haver uma parceria entre a Coroa, que daria a posse ( e não propriedade) da capitania através da Carta de Doação, enquanto o donatário deveria investir na organização econômica da colonização. Como vantagem, o donatário ganharia com parte da arrecadação de impostos e da exploração econômica na sua capitania. Ao donatário também ficava encarregada a distribuição de sesmarias (porções de terra) a quem ele julgasse capaz de desenvolver uma atividade econômica. A nossa estrutura latifundiária no Brasil atual possui ligações históricas com as sesmarias, amplas extensões de terra concedidas apenas para aqueles que tinham grana.
O sistema de capitanias não obteve o êxito esperado. Muitos donatários nem vieram conhecer suas terras. As únicas capitanias que deram certo de início foram as de Pernambuco e São Vicente, ambas com o desenvolvimento da produção açucareira. Como forma de melhorar a administração colonial, a Coroa criou o governo-geral, em 1549, um cargo centralizador que deveria fiscalizar as capitanias, garantir a segurança e organizar expedições desbravadoras na colônia.
Apesar da criação do cargo de Governador-Geral, as capitanias continuaram existindo até a metade do século XVIII, quando o Marquês de Pombal ordenou a extinção desse sistema.




Escravidão indígena e africana

Uma coisa que precisa sempre ser lembrada: o início da colonização efetiva no Brasil utilizou mão-de-obra escrava indígena em grande escala, principalmente nas lavouras de cana. A idéia de que os índios não foram escravizados em quantidade está errada, inclusive a sua substituição pelo escravo africano foi lenta, e teve um momento inclusive em que escravos índios e africanos trabalhavam lado a lado. Mas porque os índios foram substituídos pelos negros?
Foram vários fatores. Um deles é cultural. Os índios brasileiros, (mesmo aqueles que conheciam a agricultura) não tinham em suas sociedades a lógica do lucro, nem a lógica de produtividade alta para produção de excedentes. Para os índios a lógica de vida era trabalhar o suficiente para subsistência, até mesmo porque outras atividades “improdutivas”, como as festas, rituais e a guerra eram muito importantes em seu cotidiano e deveriam ter tempo para elas. Quando os portugueses forçaram os índios a trabalhar horas e horas na lavoura, os índios não conseguiram se adaptar ao ritmo incessante de trabalho.
Outro fator importante foi o verdadeiro genocídio que os europeus cometeram contra os índios por aqui. Estima-se que cerca de cinco milhões de índios viviam aqui no Brasil. Hoje esse número não chega a quinhentos mil. Além disso, o contato com os europeus trouxe uma série de doenças contagiosas para a América, cujos índios não possuíam nenhuma imunidade, como a gripe e a varíola. Ambas dizimaram diversas comunidades indígenas. Foi estratégia de guerra comum dos portugueses vestirem índios com roupas infectadas de doenças contagiosas, afim de que o mesmo voltasse para a casa e contaminasse seus companheiros – uma espécie de arma biológica –.
O terceiro fator que contribuiu para substituição do trabalho indígena pelo africano foi a dificuldade de encontrar índios em grande quantidade para utilizá-los como mão-de-obra, não só por causa da alta mortalidade, mas também porque os mesmos encontravam-se dispersos pelo vasto território.
O último fator importante a ser ressaltado é a política da Coroa e a defesa da Igreja em relação aos índios, a partir de 1570. A Coroa, influenciada pela Igreja, proibiu a escravidão indígena, pois a mesma tinha interesse em expandir a Fé Cristã pelo Novo Mundo e via na catequização dos índios pelos membros da Companhia de Jesus (os jesuítas) uma estratégia para tal objetivo.
Os negros da África Subsaariana – região da qual provinham os escravos negros no início da colonização – já possuíam em sua cultura o contato com rítmo de trabalho alto e inclusive forçado (escravo), e por isso a utilização do negro se mostrou mais lucrativo nas lavouras de cana que os índios. De qualquer forma, isso não significa dizer que os negros estavam acostumados, ou se adaptaram melhor ao trabalho escravo. Afinal quem se adaptaria ao ritmo de 14 a 16 horas de trabalho por dia? Pessoal, a expectativa de vida dos escravos não passava dos 40 anos. Um escravo depois de dez anos de trabalho já não tinha condições físicas de continuar trabalhando, sendo muitas vezes largado à própria sorte pelo seu dono.
Foi constante a luta dos negros pela liberdade, seja fugindo e formando quilombos, seja se suicidando. O importante é percebermos a ordem das coisas: a escravidão que incentivou o tráfico de escravos, e não o tráfico de escravos que fez surgir a escravidão no Brasil, ou seja, foi a procura por braços escravos que fez o tráfico crescer. A escravidão africana não era nenhuma novidade para os portugueses, pois a produção açucareira nos arquipélagos de Açores e Madeira já utilizava esta mão-de-obra. Atividade altamente lucrativa, o tráfico foi estimulado pela demanda por braços escravos nas colônias, e a Coroa portuguesa também se beneficiava com o “infame comércio”, através dos impostos que arrecadava sobre o comércio negreiro.
De qualquer forma, as leis régias que proibiram a escravidão indígena eram muitas vezes burladas, principalmente através do princípio de “guerra justa”, na qual dava-se permissão para escravização de índios hostis. Isso também se estendia aos casos de canibalismo (os tupinambás, citados no texto, comiam a carne de seus inimigos por vingança). Na região Norte da colônia, e também nas capitanias do Sul, devido às dificuldades para transportar africanos para estas regiões, a mão-de-obra escrava indígena continuou sendo usada em larga escala, sendo comum as expedições de apresamento de índios – feitas pelos gloriosos bandeirantes – mesmo com as determinações da Coroa e da Igreja para não fazê-lo.




Texto Complementar: Brasil Império Parte I

Galera do Extensivo:

Publico textos extras sobre as aulas deste último sábado.

Intensivo: Além do texto sobre Brasil colônia que será publicado, há uma postagem de revisão de aula dada ao Extensivo no dia 14/05. É só jogarem na busca colonização do Brasil que acharão no Blog.

Abraços

Luiz


Brasil Império (1822-1889)


Primeiro Reinado (1822-1831)


Visto como ator político necessário para manter a ordem social e política, D. Pedro foi apoiado pelas elites brasileiras que sentiam calafrios em ouvir palavras como “Abolição”, “Revolução” ou coisas assim. Mas logo D. Pedro mostrou a que veio.
Em 1823, o Império procura delinear sua organização política e social. A grande questão é tentativa de conciliação entre o Liberalismo, ideologia que defende a propriedade, a liberdade econômica e política, e o Escravismo, que restringe direitos de cidadania e liberdade. Acontece que o Liberalismo pensado pelas elites brasi9leiras, para não contradizer a ordem escravista, “filtra” essas idéias, ou seja, utiliza apenas o que lhes convém.

D. Pedro era um adepto do Absolutismo, indiscutivelmente. O apoio das elites logo daria lugar à queda de braço na hora de debater a Constituição, esta tão importante para definir os limites de cada poder: Executivo, Legislativo e Judiciário.
O interesse dos deputados da Assembléia Constituinte era dar mais força ao Poder Legislativo, enfraquecendo o poder Executivo, exercido pelo Imperador, Presidentes de Província e prefeitos. D. Pedro I deixou claro que só aceitaria uma Constituição que lhe grarantisse amplos poderes. Sem acordo, o Imperador ordena que tropas imperiais fechem a Assembléia Constituinte no final de 1823, e cria um Conselho de Estado com o objetivo de redigir uma Constituição sob a sua vontade. A Constituição Outorgada de 1824 – o termo outorga significa autorizada, assinada embaixo – pelo Imperador lhe dava amplos poderes políticos, através do Poder Moderador. Eis alguns pontos importantes da primeira Constituição do Brasil independente
 - O voto era censitário e indireto – censitário por restringir o  o direito de voto de acordo com a renda (no mínimo 100 mil réis anuais, indireto porque você não votaria direto no político, mas em outro votante mais rico que você, e por isso teria direito ao voto direto e você não – restando ao povo pobre o chicote e uma banana. Como a Educação era muito importante na época, você podia ser analfabeto e votar, desde que fosse rico.
 - Divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, e um exclusivo do Imperador, o Poder Moderador. Através dele, D. Pedro I teria direitos ditatoriais, pois nomeava os membros do Judiciário, podia fechar a Assembléia Geral do Império (Parlamento do Império, além de nomear os Presidentes das Províncias (na época, não existiam Estados).
 - A Igreja Católica se torna um órgão oficial do Império. Através do padroado, o governo submetia a Igreja aos seus interesses, mas em troca só podia ser cidadão quem declarasse pertencer à religião Católica.

Crise do 1º Reinado

Não é muito difícil perceber que a política de D. Pedro I acarretaria em séria instabilidade para o país.  A centralização do poder desagradava as elites regionais do Nordeste e do Sul, pois a nomeação de Presidentes de Província trazia para seus governos “peixes” do Imperador. Na prática, o Rio de Janeiro como sede imperial parecia a metrópole e o restante do país a colônia.
Dentro dessa perspectiva, explodiu  um movimento separatista no Nordeste que criou um novo país, a República da Confederação do Equador. A repressão imperial foi marcada pela selvageria: a cidade de Recife (e a população de tabela) foi bombardeada, os líderes da rebelião capturados foram executados em praça pública., dentre eles Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca. Como brilhante homenagem, até pouco tempo atrás existia um presídio aqui no Rio com este nome.
A situação do Império agravava-se. Desta vez a Província Cisplatina se rebelou em 1826, na tentativa de  formar outro país: o Uruguai (vale lembrar que esta região havia sido invadida por D. João VI quando estava no Brasil) As tropas imperiais não conseguem impedir a separação, apoiada pela Inglaterra, que tinha interesses no Rio da Prata e para isso achava melhor que a região fosse dividida. IMPORTANTE: Quem se interessar, procure na Internet, ou veja um jogo de futebol de Uruguai: o Hino deles canta vitória sobre a tirania,  e o tirano é o Brasil...
As elites do sudeste que apoiavam D. Pedro I estava doidas para se livrar da mala. Agora temiam que a morte de D. João VI, em 1826, poderia  unificar Brasil e Portugal novamente, pois D. Pedro seria seu sucessor legal. D. Pedro abdica ao trono português em favor de sua filha de set anos, D. Maria da Glória. Seu irmão, D. Miguel, não estava muito a fim de ser a babá real, deu um pirulito pra sobrinha em troca do trono.
Em 1831, com a crise no Brasil, D. Pedro I abdica do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, de 5 anos, e volta pra Portugal para lutar contra seu irmão, se tornando Rei com o título de D. Pedro IV. Seu reinado não durou muito tempo, acabou falecendo em 1834 por tuberculose.

Período Regencial (1831-1840)

A Constituição de 1824 previa que, no caso de impossibilidade na sucessão imperial, o governo deveria ficar a cargo de regentes eleitos pela Assembléia Geral do Império. O período regencial nos mostra que o povo perde a paciência. A ordem excludente estabelecida pelo Império não agradava as camadas menos favorecidas da população. Além disso, o debate constante entre centralização  e descentralização política, uma beneficiando o Rio de Janeiro com a supremacia sobre as demais regiões, a outra concedendo maior autonomia das Províncias, se mostra definitivo na delimitação das fronteiras brasileiras, na medida em que maior autonomia regional enfraquecia desmobilizava interesses separatistas. Este momento de nossa História é marcado pela intensa agitação social e política, estourando diversas revoltas pelo país.

Criação da Guarda Nacional

O Exército não era bem visto pelas elites brasileiras. Muitos soldados, membros das classes menos favorecidas, aderiam aos movimentos sociais (pensar que Tiradentes que era um alferes, uma patente militar), o que tornava o Exército foco latente de rebeliões, fragilizando sua função de manter a ordem. Além disso, grande parte dos oficiais do Exército era formada por portugueses e estrangeiros, e os mesmos defenderam arduamente as ordens de D. Pedro I. O Exército não servia aos interesses das oligarquias.
Uma das primeiras medidas encontradas pelo governo regencial para contornar essa situação foi criar uma milícia, na qual os só poderiam participar pessoas ricas, a Guarda Nacional. O Exército, humilhado e deixado de lado, não deixa de existir, mas perde espaço frente a essa milícia de ricos, que passa diretamente a combater as revoltas regionais.
A criação da Guarda Nacional é uma medida descentralizadora, pois permite que os grandes proprietários passem a combater agitações locais com seus bandos armados, sem intervenção do governo central.

O Ato Adicional de 1834

O Adicional Adicional de 1834 é uma das mais importantes medidas políticas tomadas no período regencial, com o objetivo de conceder maior autonomia política às Províncias. Com ele foram criadas as Assembléias Provinciais (Câmaras de Deputados de cada Província), as quais teriam funções legislativas. O governo provincial, porém, continuava sendo nomeado pelo poder central. Outra medida tomada foi substituir a Regência Trina (composta por três regentes) eleitos pela Assembléia Imperial, em Regência Una, com eleições diretas para este cargo (apesar do voto continuar sendo censitário).

Revoltas, revoltas

Em nenhum momento da nossa história tivemos tantas revoltas espalhadas pelo país como no período regencial. Cabanagem (Pará), Balaiada (Maranhão), Sabinada (Bahia), Revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul). Todas elas possuem em comum a profunda insatisfação com os rumos da política imperial.

O regresso centralizador e o Golpe da Maioridade

Com a renúncia do Padre Feijó da Regência Una, quem assumiu a regência foi Pedro de Araújo Lima. Suas medidas promoveram uma nova centralização política, através da Lei Interpretativa de 1840. Com ela, as Assembléias Provinciais ficavam submetidas à Assembléia Geral do Império, o que desagradava as elites regionais.
No início de 1840, foi fundado o Clube da Maioridade, um grupo de políticos descontentes com as medidas do novo regente e favorável à antecipação da coroação de D. Pedro, que deveria completar 16 anos. Uma intensa propaganda política fez a população ir para as ruas, crentes que o reinado de D. Pedro II traria mudanças sociais e políticas. Em julho de 1840, terminava o período regencial e iniciava-se o Segundo Reinado.



BATERIA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO - CAPÍTULOS 1 AO 5 - APOSTILA I

Amigos,

Como falei com vocês nas últimas semanas, VESTIBULAR É ADESTRAMENTO. Não existe aprendizado sem treinamento. Por isso, agora que temos uma base, é hora de cairmos dentro nos exercícios.
Publico abaixo a bateria de revisão dos capítulos 1 ao 5 da apostila I.

Orientação: No Blog, é possível achar matérias específicas na UERJ e UFF, e tabela com os conteúdos mais cobrados da apostila I nos vestibulares dos últimos anos. Quanto ao Teste Vocacional, acessem o site carlosmartins.com.br/testevocacional.htm

Dúvidas? Mande um comentário, ligue para o 0800, me procurem no Pólo.

Abraços e bons estudos!!

Luiz


BATERIA DE EXERCÍCIOS  DE REVISÃO 1 – História  Apostila I – CEDERJ
Professor Luiz
Capítulos 1 ao 5


1 - MEC - SIMULADO ENEM 2009 - A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14256&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia>. Acesso em: 1 jun. 2009. (com adaptações).

O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que

(A) as referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica se restringe aos brancos.
(B) a preservação dos saberes das comunidades afrodescendentes constitui importante elemento na construção da identidade e da diversidade cultural do País.
(C) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com proibição de alterações em seus costumes.
(D) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo.
(E) a permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econômico da região.


2- ( simulado PVS 2010)Assinale a alternativa que retrata corretamente exemplos de patrimônio imaterial do Rio de Janeiro

(A)  Cristo Redentor, Teatro Municipal e  Estádio do Maracanã
(B)   Sambódromo, Pão de Açúcar e Museu Nacional
(C)   Samba, Capoeira e Jongo
(D)  Biblioteca Nacional, Igreja da Candelária e Confeitaria Colombo
(E)   Museu de Arte Moderna, Jardim Botânico  e  Cinema Iris



3 - Mansa Mussa, filho e sucessor de Abubacar, distinguiu-se pelo seu poder e pela santidade de sua vida. Administrou de forma tão justa que sua recordação permanece viva. Fez a peregrinação no ano 1346: doze mil jovens escravos, envergando túnicas de brocado de ouro e seda do Iêmen, transportavam-lhe as bagagens. Levou do seu país oitenta carregamentos de ouro em (...)” (adaptado de Ibn Kaldum. História dos Berberes, escrita no século XIV)

Mansa Mussa, também conhecido como Kankan Mussa, era imperador do Mali, um reino da África Ocidental, no século XIV.  Como era muçulmano, fez questão de realizar sua peregrinação a Meca, a qual, como vemos no documento, foi feita com toda a pompa e luxo.
Explique por que o reino do Mali era tão rico a ponto de seu soberano realizar uma viagem com tamanha ostentação.


4 - Enem 2009 - O que se entende por Corte do antigo regime é,em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França,de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas
do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais. ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987.

Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
A) o palácio de Versalhes.
B) o Museu Britânico.
C) a catedral de Colônia.
D) a Casa Branca.
E) a pirâmide do faraó Quéops.



5 - (UFMG 2009)  - Analise estes dois mapas-múndi, comparando-os:

A partir da análise e comparação desses mapas e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que
A) a cartografia européia, por razões religiosas, não assimilou o conhecimento dos povos indígenas acerca dos continentes recém-descobertos.
B) a concepção de um mundo fechado, em oposição à idéia de um cosmos aberto, dominou a cartografia européia até o século XVII.
C) as navegações alteraram o conhecimento do mundo, à época, jogando por terra os mitos antigos sobre a inabitabilidade das zonas tórridas.
D) os descobrimentos, em fins do século XV, resultaram da expansão do conhecimento do mundo alcançado pelos geógrafos do Renascimento.



6 - (UFU 2009)  --- Observe a imagem abaixo.



Considerando o quadro acima e o contexto histórico em que foi pintado, marque para as alternativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opção.
1 ( ) No século XVII, o estudo de anatomia era realizado somente por artistas, pois os cientistas estavam mais interessados pela Astronomia e pela Física do que por qualquer relação com os saberes sobre o corpo humano.
2 ( ) O quadro acima é representativo de um momento da história da ciência moderna em que há uma valorização do conhecimento “empírico”, abalando os cânones da autoridade eclesiástica no que se refere aos saberes sobre a natureza.
3 ( ) O estudo da anatomia humana foi altamente desenvolvido nos séculos XVI e XVII, sendo que seus resultados tiveram forte influência nos campos das artes, principalmente na pintura, na escultura e na arquitetura do Renascimento e do Barroco.
4 ( ) A sociedade européia do século XVII aceitava, com naturalidade, a utilização de cadáveres humanos nas aulas de anatomia, uma vez que naquele momento, a Igreja ou a ética cristã não exerciam mais qualquer influência nos domínios da ciência.


7 - (UFC 2008) -  Na sociedade medieval, vigorava uma ideologia que considerava as mulheres inferiores aos homens,resultando em um cotidiano marcado pela hegemonia da autoridade masculina. Ainda que a Igreja pregasse que homens e mulheres eram objetos do amor de Deus, não eram poucos os religiosos que percebiam as mulheres como agentes do demônio.
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre a cultura e a sociedade européias, no período classicamente conhecido como Idade Média.
A) As mulheres eram consideradas inferiores aos homens por serem incapazes de trabalhar com as técnicas tradicionais de cura por meio do uso de plantas medicinais.
B) A mentalidade era profundamente marcada pelo ideário católico, que preconizava, inclusive, o papel que homens e mulheres deveriam desempenhar na sociedade.
C) A submissão feminina à autoridade masculina caracterizou a sociedade daquele tempo como uma organização tipicamente matriarcal.
D) A mulher, ainda que posta em uma condição submissa em relação ao homem, tinha grande poder e influência sobre a Igreja Católica.
E) A condição feminina era fruto da grande influência que o racionalismo científico exercia sobre a cultura daquele período.



8 - (Unesp2008) -- Galileu, talvez mais que qualquer outra pessoa, foi o responsável pelo surgimento da ciência moderna. O famoso conflito com a Igreja católica se demonstrou fundamental para sua filosofia; é dele a argumentação pioneira de que o homem pode ter expectativas de compreensão do funcionamento do universo e que pode atingi-la através da observação do mundo real.
(Stephen Hawking, Uma breve história do tempo.)
O “famoso conflito com a Igreja católica” a que se refere o autor corresponde
(A) à decisão de Galileu de seguir as idéias da Reforma Protestante, favoráveis ao desenvolvimento das ciências modernas.
(B) ao julgamento de Galileu pela Inquisição, obrigando-o a renunciar publicamente às idéias de Copérnico.
(C) à opção de Galileu de combater a autoridade política do Papa e a venda de indulgências pela Igreja.
(D) à crítica de Galileu à livre interpretação da Bíblia, ao racionalismo moderno e à observação da natureza.
(E) à defesa da superioridade da cultura grega da antigüidade, feita por Galileu, sobre os princípios das ciências naturais.


9 - (UFU 2008) --Leia o seguinte trecho.
“A tese segundo a qual os Reformadores teriam deixado a Igreja romana porque ela estava repleta de devassidões e impurezas é insuficiente. No tempo de Gregório VII e de São Bento, existiam tantos abusos na Igreja como na época da Reforma. Não resultou daí, contudo, nenhuma ruptura comparável à do Protestantismo. Outro fato que deve nos esclarecer: Erasmo, tão duro no Elogio da Loucura (1511) para os padres, monges, bispos e papas do seu tempo, não aderiu, entretanto, à Reforma. Inversamente, quando, no século XVII, a Igreja católica tinha corrigido a maior parte das fraquezas disciplinares que se podia legitimamente lhe censurar no século precedente, as diferentes confissões reformadas não pretenderam regressar à obediência de Roma.” DELUMEAU, J. Nascimento e Afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989, p. 59.
Levando em conta as causas da Reforma protestante e o texto acima, marque para as afirmativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa.
1 (     ) A insatisfação de religiosos com o comportamento imoral do baixo clero em fins do século XV, com a corrupção da alta hierarquia da Igreja romana e com o escândalo da venda das indulgências, é uma causa suficiente para se explicar a Reforma protestante.
2 (     ) A Reforma protestante tem suas causas nas transformações sociais, políticas e religiosas do final da Idade Média. Estas transformações levaram, por exemplo, ao enfraquecimento da autoridade eclesiástica frente à laica, à dúvida quanto à salvação individual dos fiéis e ao fortalecimento das formas místicas de devoção pessoal.
3 (     ) O saber humanista foi uma das causas da Reforma protestante. O conhecimento aprofundado de línguas antigas, como o Grego, o Latim e o Hebraico, permitiu a alguns sábios questionar a autoridade da tradução católica da Bíblia.
4 (     ) A Reforma protestante foi causada pela necessidade dos heréticos de formarem novas Igrejas, o que evitou sua perseguição pelo Santo Ofício, as condenações à morte na fogueira, as excomunhões e as censuras estabelecidas pelo Index.


10 - (UFU - 2006) --  Com o objetivo de aumentar o poder do Estado diante dos outros Estados, [o Mercantilismo] encorajava a exportação de mercadorias, ao mesmo tempo em que proibia exportações de ouro e prata e de moeda, na crença de que existia uma quantidade fixa de comércio e riqueza no Mundo. ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista, São Paulo Brasiliense, 1998. p. 35.
O trecho acima refere-se aos princípios básicos da doutrina mercantilista, que caracteriza a política econômica dos Estados modernos dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Com base nessa doutrina, marque a alternativa correta.

A) A doutrina mercantilista pregava que o Estado deveria se concentrar no fortalecimento das atividades produtivas manufatureiras, não se envolvendo em guerras e em disputas territoriais contra outros Estados.
B) Uma das características do mercantilismo é a competição entre os Estados por mercados consumidores, cada qual visando fortalecer as atividades de seus comerciantes, aumentando, conseqüentemente, a arrecadação de impostos.
C) Os teóricos do mercantilismo acreditavam na possibilidade de conquistar mercados por meio da livre concorrência, de modo que era essencial desenvolver produtos competitivos, tanto no que diz respeito ao preço como em relação à qualidade.
D) A conquista de áreas coloniais na América é a base de qualquer política mercantilista. Tanto que o ouro e a prata, de provenientes, possibilitaram ao Estado espanhol figurar como o mais poderoso da Europa, após a Guerra dos Trinta Anos.


11 - (UFU 2008)  - Leia o trecho :  “Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e- Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendoa aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!” CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Pero Vaz de Caminha. In: CHANDEIGNE, Michel (org.). Lisboa ultramarina:1415-1580: a invenção do mundo pelos navegadores portugueses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992, p.165.

Com base no fragmento acima, marque para as afirmativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opção.
1 (    ) Caminha sugere que não há potencialidades econômicas na nova terra descoberta, pois não sabe se há nela ouro e prata. Assim, a única justificativa para a posse do território seria a expansão da fé.
2 (     ) Para Caminha, mesmo que a terra não oferecesse outros atrativos econômicos e políticos, utilizá-la como entreposto para o caminho das Índias já seria, em si, algo útil a Portugal.
3 (    ) A carta de Caminha sugere que as grandes riquezas do Brasil são as suas matas e sua beleza natural, de modo que as atividades econômicas extrativas (como, por exemplo, a coleta do pau-brasil) deveriam ser privilegiadas em relação às atividades agrícolas.
4 (     ) A carta de Caminha revela uma ética missionária presente nas falas dos descobridores portugueses, o que, inclusive, atendia às necessidades da coroa de legitimar as novas possessões por meio do seu reconhecimento pela Igreja.


12 - (UFU - 2004) --“Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da idéia (...) de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal. (...) A    das ´visões do paraíso` impregna todas as suas descrições daqueles sítios de magia e lenda”.    Sérgio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso.

A partir da interpretação do trecho acima, assinale a alternativa CORRETA.
A)                Colombo, conforme a mentalidade de sua época, acreditava na existência do Paraíso terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele havia sido levado para bem perto desse paraíso por vontade de Desus.
B)                O Paraíso terrestre é um mito medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era das grandes navegações atlânticas dos séculos XV e XVI, é evocada apenas como uma metáfora.
C)                Colombo não acreditava no Paraíso terrestre, mas pode compreender a novidade da América comparando-a ao Paraíso.
D)                A América era um território cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um paraíso, porém as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto paradisíaco.

13 - (UFMG 2004) –É CORRETO afirmar que a prática da antropofagia entre algumas tribos indígenas brasileiras se devia:
A) ao barbarismo daqueles povos, que não possuíam religião ou normas morais capazes de refrear seus instintos.
B) à crença de que, ao devorarem os inimigos, os índios estariam incorporando suas virtudes e qualidades.
C) à influência dos conquistadores europeus, uma vez que os índios procuravam responder à crueldade dos brancos.
D) a uma estratégia de apavorar os adversários, que ficavam com medo de combater os antropófagos.
E) todas as alternativas estão corretas.


14 - (UFES) As Grandes Navegações e os descobrimentos marítimos, no alvorecer da Era Moderna, marcaram em Portugal e nas áreas recém-descobertas, grandes transformações, pois :
A)    a empresa marítima portuguesa assumiu no ocidente o caráter colonizador ao lado do mercantil, primeiro nas ilhas do Atlântico e, a seguir, no Brasil.
B)     o grande comércio europeu implicou o estabelecimento de impérios ultramarinos com ampla autonomia, correspondendo à formação de uma economia totalmente nacional nas colônias.
C)     o interesse em subjugar as novas terras coloniais deu origem a uma política federal de Estado, no Reino e nas colônias, com a divisão de poderes entre o Rei e as Assembléias de Estado.
D)    A mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico determinou a descentralização do Estado Moderno em Portugal, enfraquecendo o absolutismo.
E)     A necessidade de dominar as rotas  estratégicas de navegação inviabilizou a manutenção do sistema de monopólios nas colônias, liberalizando o comércio.


15 - (PUC-Rio) a chegada de Cristóvão Colombo ao continente americano em 1492,tomando posse das terras encontradas para o rei da Espanha, constituiu um momento importante da chamadaera dos descobrimentos”.
Analise as afirmativas abaixo referentes as relações entre a expansão ibérica e a transição do feudalismo para o capitalismo:

I – a constituição de um Estado nacional e a centralização do poder político na figura do rei foram fatores decisivos na expansão marítima portuguesa e espanhola.
II – a opção atlântica dos países ibéricos deveu-se à impossibilidade de realizar um projeto expansionista na direção do continente europeu e do  Mediterrâneo.
III – a expansão marítima espanhola foi determinada pelas necessidades dos capitais italianos, especialmente os da cidade de Gênova, que buscavam superar o monopólio veneziano no oriente.
IV- o desenvolvimento do comércio e da produção foi uma  alavanca para a expansão, uma vez que possibilitou o desenvolvimento de técnicas de navegação e o acúmulo de capital nas mãos de comerciantes portugueses. 

Assinale a opção que contém as afirmativas corretas:

A) somente I e IV          B) somente I e II          C) somente II e III          D) somente I,II e IV          E) somente II e IV    



16 - (UFES) – Refletindo sobre a organização do sistema produtivo das colônias hispano-americanas, é possível afirmar que a utilização da mão-de-obra indígena,
I – embora predominante no século XVI, foi progressivamente abandonada nos séculos seguintes, em decorrência da vigorosa campanha movida contra ela pelas monarquias protestantes européias, que tentavam desse modo  desarticular o sistema colonial espanhol de credo católico.
II – foi extinta a partir de meados do século XVII, quando a “plantation!”  açucareira, outrora restrita à América central, se difundiu pelas demais colônias espanholas, exigindo assim a captação no exterior de escravos africanos , cujo trabalho era mais rentável do que o indígena.
III – processou-se, por meio da “encomienda”, espécie de contrato de parceria  segundo o qual o “encomendero” (espanhol) fornecia o capital, e os indígenas, a mão-de-obra para o desenvolvimento de uma determinada atividade colonial, repartindo-se igualmente os lucros obtidos.
IV – efetuou-se, em determinadas regiões, a partir da “mita”, instituição de origem incaica adaptada pelos espanhóis, a qual consistia em recrutar,  para o trabalho nas minas, cidades e fazendas, indivíduos escolhidos no seio das comunidades por sorteio, pagando-se um salário ínfimo pelos serviços prestados.
V – nos termos em que se deu, acarretou a desestruturação das comunidades, as quais, com a exigência de trabalhos excessivos, não encontravam meios de reproduzir suas relações tradicionais, sendo então esvaziadas pela dizimação, pela fuga ou pela autodestruição dos seus membros.
Está(ão) corretas :
A) I e III               B) II e III               C) III e IV               D) II e IV               E) IV e V   

17 - – Com relação à colonização do continente americano pela Espanha e pela Inglaterra, podemos afirmar que :
  1. a colonização espanhola baseada no trabalho compulsório indígena, nos séculos XVI e XVII, predominou nas áreas mineradoras do México e Peru. 
  2. a colonização inglesa da América do Norte baseava-se em dois tipos distintos de organização econômica: o das colônias do Norte com agricultura familiar e atividades manufatureiras, e o das colônias do Sul, com grande lavoura escravista de exportação.
  3. a colonização inglesa na região do Caribe – Jamaica, Trinidad-Tobago, Guiana--, no século XVII, baseava-se no trabalho escravo indígena e na grande lavoura de exportação.
  4. Assinale a opção que corresponde à(s) afirmativa(s) correta(s):
A) somente 1            B) somente  2            C) somente 2 e 3            D) somente 1 e 2            E) somente 1 e 3       

 18 - (UFF) Quanto à colonização européia na América, nos séculos XVI ao XVIII, pode-se afirmar que:
1. a colonização espanhola se fundamentou no cultivo da cana e na produção de açúcar nas Antilhas (sobretudo em Cuba), sustentados pela mão-de-obra escrava, existindo nas áreas mineradoras do México e Peru para atender às demandas de investimento constantes nas áreas açucareiras.

2. a colonização espanhola teve como eixo as áreas mineradoras do México e Peru e a exploração da mão-de-obra indígena, estabelecendo-se, nas outras regiões do continente, diversas atividades econômicas
que complementavam as necessidades das áreas mineradoras e atendiam às demandas metropolitanas.

3. a colonização inglesa e francesa na América do Norte procurou, inicialmente, adotar a mesma estrutura da colonização espanhola, com base na atividade mineradora, mas, tão logo verificou-se a inexistência de riquezas minerais naquela região do continente, foi redirecionada para o cultivo da cana e a produção de açúcar no Caribe, desenvolvidos pela mão-de-obra escrava.

4. a colonização inglesa e francesa na América do Norte foi diversificada, mas nas Antilhas priorizou o cultivo da cana e a produção de açúcar, desenvolvidos pela mão-de-obra escrava, estabelecendo-se, nas outras áreas, atividades econômicas que completavam as necessidades das áreas açucareiras das metrópoles.
Estão corretas as afirmativas:
A) 2 e 3                    B) 2 e 4                    C) 1 e 3                    D) 3 e 4                    E) 1 e 4                     

19 -  (UFF) – “A colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou  à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar  o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras conquistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados”.  HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1962
O trecho acima indica uma das principais diferenças entre a colonização espanhola e a portuguesa na América.
Analise as afirmativas abaixo e selecione aquelas que exprimem corretamente as diferenças entre os estilos espanhol e português de colonização.
1.    os espanhóis se lançaram desde cedo ao interior do continente americano, fazendo das cidades um instrumento de dominação colonial, ao passo que os portugueses se mantiveram longo tempo apegados ao litoral, explorando o pau-brasil e a lavoura canavieira.
2.    os espanhóis cuidaram, desde o século XVI, de montar uma estrutura eclesiástica poderosa, ao contrário dos portugueses, cuja colonização eclesiástica se limitou, em grande medida à ação dos jesuítas.
3.    os espanhóis   não escravizaram negros, somente índios, ao passo que os portugueses fizeram do tráfico africano a base da economia colonial.
4.    os espanhóis   foram racistas em relação aos índios, africanos e mestiços, chegando mesmo a construir umsistema de castas”, ao contrário dos portugueses, que desde o início se miscigenaram com índios e negros.
Assinale a opção que contém apenas afirmativas corretas:
A) 1 e 2                   B) 1 e 3                    C) 1 e 4                    D) 2 e 3                    E) 2 e 4                      

20 - (UNIRIO)A colonização européia na América assumiu aspectos distintos, em função das práticas colonizadoras das metrópoles européias.  Considerando essa diversidade, podemos afirmar que:
A)    a catequese e a evangelização dos nativos motivaram a colonização inglesa.
B)     a pequena e média propriedade agrícola caracterizaram a ocupação espanhola.
C)     a base econômica das 13 colônias da América do Norte residia na exploração de metais preciosos.
D)    o povoamento do território constituiu a prioridade da colonização espanhola.
E)     a mão-de-obra indigna contribuiu para a organização da produção colonial espanhola. 

GABARITO – BATERIA 1
1 – B
6 – F VV F
11 – F V FV
16 – C
2 – C
7 – B
12 – A
17 – D
3 – DISC
8 – B
13 – B
18 – B
4 – A
9 – F V V F
14 – A
19 – A
5 - C
10 - B
15 - A
20 - E


3 - R.:  O aluno deverá explicar as razões da riqueza do Reino de Mali no século XIV, tendo como referência que o reino do Mali controlava o comércio do ouro da África Ocidental para o norte do continente e Europa, pelas rotas transaarianas. Além do ouro, o reino do Mali também tinham o domínio de algumas das principais rotas do comércio de longa distância de outras mercadorias.