"Eu prefiro ser um otimista e estar errado do que ser um pessimista e estar certo"
Albert Einstein

quarta-feira, 30 de março de 2011

REVISÃO - Aula 26-03-2011 - Povos ameríndios

Amigos, 

Agradeço os comentários feitos e o carinho. O es´tímulo é mútuo porque o aprendizado é mútuo também. Comentem suas dúvidas ou críticas, isso enriquece o Blog.

Um abraço a todos

Casemiro

Cap. 2 – Continuação – 26/03/2011

Índios e Africanos

A aula começou destacando “O que cai nas provas”, com base em pesquisa dos últimos 3 anos das principais provas de vestibular. Foi  encontrado questões sobre índios na UFF, no CEDERJ, e principalmente no ENEM. Sobre povos africanos, foi encontrado apenas no CEDERJ. Não foi encontrado nada sobre essas temáticas na UFRJ, nos últimos 3 anos.
Eis As temáticas cobradas:

a) condições dos índios hoje quanto às reservas e resistência cultural;
b) Visão indigena sobre o europeu e vice-versa;
c) Papel dos africanos ativo no tráfico de escravos;
d) Hierarquia e cultura na sociedade Inca.


Importante frisar o período que estamos abordando, que é anterior à colonização européia na América e na África (antes do século XVI). Por isso, não foi inserido no Blog questões sobre o Imperialismo europeu na África (século XIX) e processo de Descolonização da África, temas abordados em outros capítulos da apostila que vocês devem receber em breve, e que costumam cair no Vestibular, cofnorme veremos.



A explicação começou abordando uma comparação entre astecas, maias e incas em relação aos ameríndios brasileiros, sobretudo no que concerne à hierarquia social, o que na maioria no Brasil não possuía. Dessa forma, foi desenvolvido uma explicação sobre legitimação de hierarquia (dinheiro, força, religião, etc)  e pra quê ela serve, permitindo privilégios ou vantagens a uma parte da sociedade.

O caráter politeísta das religiões ameríndias também foram destacados, e após isso, foram detalhadas as características sobre os Astecas, Maias e Incas. Geograficamente localizadas no México, Guatema-Honduras e Peru-Bolívia, a arquitetura e engenharia asteca permitiu a instalação de sua capital numa ilha inabitável, além de seu caráter político, dominando outros povos e cobrando-lhes tributos. Conheciam ouro e prata, mas não atribuíam a esses metais o valor cultural do Velho Mundo, sendo sua moeda de troca sementes de cacau.
Sobre os Maias, a Matemática e Astronomia desenvolvidas e sua preocupação em me marcar o tempo, com medo do fim dos tempos (fazendo alusão sobre o 2012), além do fato deles não conhecerem metais e terem construído suas cidades com pedra e madeira, cujos centros eram religiosos, e não comerciais.
Por fim, os Incas, adoradores do Sol (Inti) que não conheciam a escrita – achando inclusive que era uma mágica – mais construíram um poderoso Império cujas informações erma transmitidas através dos quipos – cordas que serviam para cálculos matemáticos – além da Mita, um imposto em forma de trabalho cobrado dos homens pobres do Império, que servia para obras públicas e trabalhos nas minas de prata.

terça-feira, 29 de março de 2011

REVISÃO - Aula 19-03-2011 - Povos Africanos

Amigos,
 
Estou publicando uma revisão da primeira, sobre o que eu tratei em sala. Como cada turma é uma turma, algumas coisas são faladas em uma aula e outras não. No final, eu junto tudo o que eu falei e faço um resumo. Se alguém lembrar de algo que não coloquei aqui, só comentar e complementar a publicação, OK?
 
Breve mando revisão da aula do dia 26-03.
 
Abs
 
Luiz Casemiro
 
 
 
A aula tratou aspectos gerais da História e a importância da consciência histórica, entrando logo no capítulo 2. O título da aula: A África e os africanos se dividiu em 1) O Africano "genérico"; 2) A expansão do Islã: Árabe e "ajam", árabes e muçulmanose comércio de longa distância. O termo africano utilizado de forma genérica abriu amplo debate acerca do que é a África, o que ela nos representa e como, de forma inconsciente, ignoramos e generalizamos sua pluralidade no âmbito geográfico, econômico, étnico e cultural. Utilizei inicialmente o argumento da Copa 2010, chamada de Copa da África, contrapondo à Copa 2006 na Alemanha, em nenhum momento chamada de Copa da Europa. A diferença entre Sulafricanos e nigerianos é a mesma de um português para um alemão. Em discussão, as turmas levantaram o que elas pensavam sobre a África, e não foi incomum a fala de que ela é um país com muita pobreza e miséria. Levantei um dado sobre IDH 2010, constatando de que a Libia possui um IDH maior que o do Brasil (o que não é muito difícil). Passando para o tópico 2, expliquei o que é Islamismo, comparando ao Cristianismo e ao Judaísmo, mostrando suas semelhanças e diferenças, mas mostrando que todas partem do princípio monoteísta e crêem no mesmo Deus, só que com nomes diferentes. Mostrei no mapa mundi por onde ocorreu a expansão islâmica, explicando que a regra do mundo muçulmano era a relativa tolerância religiosa porque o Alcorão proíbe a conversão pela força. Por sua vez, os laços culturais e comerciais de longa distância, seja pela fraternidade entre eles e apoio mútuo, respondem o porquê dos mesmos não quererem comercializar com cristãos. Para finalizar, expliquei o que é ser árabe ("falar claro" na língua deles) contrastando com os "ajams" ("língua incompreensível", como eles chamavam os persas). Usei essa ponte para mostrar que o Irã hoje não é árabe, e é muçulmano, massim como o Afeganistão, a Turquia e o país de maior população muçulmana do mundo, a Indonésia).

segunda-feira, 28 de março de 2011

Introdução - Renascimento

Quem quiser refletir um pouco sobre a mentalidade do Renascimento sobre o ser humano, veja esse vídeo de uma peça de Shakespeare: O Menestrel.

É fascinante!!

Abraços a todos

Luiz - História

domingo, 27 de março de 2011

CEDERJ PVS - Folha de Exercícios Capítulo 2


Pessoal,
Estamos iniciando os trabalhos, e é importante não perdermos o embalo das aulas. Quero realmente de coração contribuir para que vocês confiem em si mesmos, se preparem e consigam alcançar seus objetivos. 

PS: Na aula que vem divulgo o gabarito!!

Abraços e bons estudos

Cap. 2: América e África e Ásia antes do contato com os europeus


UFF 2011 – etapa 1

42.  “ (...) foi relativamente rápida a tragédia dos Waimiri-Atruahi. Foram derrotados, mas como os Txukahamai, impuseram imensas derrotas a seus inimigos brancos, através de muitos ataques entre 1968 e 1975. Depois disso, a doença, as muitas mortes, a invasão do território pela estrada, pela hidrelétrica, pela mineradora. A história se repete, mais ou menos a mesma, com os Arara, na Transamazônica, com os Parakanã, removidos três vezes em conseqüência da invasão de seu território pela estrada e pelas águas da hidrelétrica de Tucuruí.”
MARTINS, José de Souza. A chegada do estranho. São Paulo, Hucitec, 1993, p.75.
Se é possível falarmos hoje de uma História do índio no Brasil, é preciso considerar as rupturas e continuidades nos projetos de proteção ou de destruição de comunidades indígenas. Sobre isso, pode-se afirmar que

(A) a história da expulsão de comunidades indígenas deve ser analisada não somente pelo seu viés econômico.
Trata-se também da destruição de seus valores culturais. Tais valores foram reconhecidos e consagrados pela Carta Magna de 1988.
(B) a legislação indigenista do período pombalino inaugurou a política de reconhecimento dos valores culturais dos índios que se manteria, sem alterações, ao longo do Império brasileiro.
(C) o emprego de técnicas para disseminar doenças desconhecidas pelos índios é uma prática atual para acelerar o processo de extermínio de comunidades, na maior parte das vezes, assentadas em áreas inférteis e desvalorizadas para o capital.
(D) ao contrário das expectativas otimistas e de uma história recente de preservação das comunidades, a população indígena tem diminuído nos últimos anos.
(E) a conjuntura a que se refere o autor representa o período de ditadura, quando os projetos de expansão agrícola para as áreas amazônicas foram beneficiados com incentivos fiscais e por uma política agrária que não regularizava as terras pertencentes às comunidades indígenas.



CEDERJ 2009
6. “Achamos toda a terra habitada por gente nua, tanto os homens como as mulheres, sem cobrir suas vergonhas. (...) Não têm nem lei nem fé alguma. Vivem segundo a natureza. Não conhecem a imortalidade da alma. Não possuem entre si bens próprios, porque tudo é comum. (...) não têm rei, nem obedecem a ninguém: cada um é senhor de si.”
Este é um trecho da carta que o navegante Américo Vespúcio escreveu ao visitar o litoral brasileiro em 1502. Nesse trecho, ele se referia aos indígenas brasileiros.
Sua maneira de descrever o modo de vida dos nativos revela:
(A) uma profunda compreensão sobre os hábitos locais;
(B) o interesse econômico sobre as riquezas da terra;
(C) seu estranhamento frente aos costumes dos índios;
(D) sua piedade cristã face aos pecados dos nativos;
(E) uma atitude em defesa da conversão dos índios.

ENEM2009

54. Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terrafloresta”,
não é um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada
por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os
brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede.
ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil
Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado).
De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que
A) a floresta não possui organismos decompositores.
B ) o potencial econômico da floresta deve ser explorado.
C )o homem branco convive harmonicamente com urihi.
D) as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital.
E )Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais.

Questão 74
No período 750-338 a. C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características culturais, como a língua grega. No centro da Grécia, Delfos era um lugar de
culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado. No período 1200-1600 d. C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há vestígios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois
A )as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações.
B )as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas.
C )as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si.
D )os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estado da Grécia.
E ) as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.

ENEM 2010




CEDERJ 2008

6. “Os Tupinikim e os Tupinambá, que habitavam a Bahia e Pernambuco, tinham a agricultura mais desenvolvida, eram hábeis caçadores e pescadores. Assim, não se interessaram por esse
sistema de grandes fazendas onde eles seriam a mão-de-obra. Os alimentos abundavam nas aldeias e ainda tinham um excesso, que permutavam com os portugueses.”
(JECUPÉ, Kaka W.. A terra dos mil povos: história indígena brasileira
contada por um índio. São Paulo: 1998)
O trecho acima apresenta uma das dificuldades enfrentadas por colonizadores portugueses para implantar um sistema de exploração econômica na terra conquistada. Entre os problemas enfrentados pelo colonizador português para o uso da mão-de-obra indígena, durante o século XVI, podemos citar:
(A) o declínio demográfico das populações indígenas e a resistência indígena contra o colonizador;
(B) a concorrência entre a mão-de-obra portuguesa e a indígena e o desinteresse da Coroa portuguesa;
(C) a resistência dos senhores de engenho e a fuga dos índios das áreas de expansão agrícola;
(D) os conflitos entre colonos e a Igreja Católica e o alto preço da mão-de-obra indígena;
(E) as guerras intertribais e o desprezo das sociedades indígenas pelo trabalho;

CEDERJ 2007

6 - “Esta parte da América [o Brasil] é habitada por pessoas
maravilhosamente estranhas e selvagens: sem fé, sem lei, sem civilidade alguma, vivendo como animais irracionais, como a natureza os produziu, comendo raízes, permanecendo sempre nus, tanto homens como mulheres, até o momento em que, talvez, forem visitados pelos cristãos, que poderão, aos poucos, despojá-los dessa brutalidade para assumir um modo mais civil e mais humano”
(A. Thévet. La cosmographie universelle.)
O texto acima ilustra a relação entre europeus e nativos na América Portuguesa, na visão do conquistador europeu.
Assinale a opção que melhor expressa esta relação:
(A) os europeus acreditavam que as populações indígenas estavam condenadas ao atraso e à ignorância;
(B) os colonizadores mantinham um respeito irrestrito aos hábitos e costumes das populações nativas;
(C) os europeus construíam visões preconceituosas sobre as populações nativas;
(D) os europeus reconheciam a superioridade da cultura indígena quando comparada com a européia;
(E) as sociedades européias incorporavam os modos e hábitos indígenas ao identificarem a originalidade das sociedades do Novo Mundo.