"Eu prefiro ser um otimista e estar errado do que ser um pessimista e estar certo"
Albert Einstein

segunda-feira, 11 de abril de 2011

REVISÃO - Aula 09-04-2011 - Transformações no Feudalismo

Prezados,

Publico o resumo da aula do dia 09/04, que seguiu os tópicos:

 - Cruzadas
 - Crise do Século XIV
- Formação dos Estados modernos
 - Renascimento

Na maior parte das turmas, o Renascimento não foi trabalhado. Mas fiquem tranquilos porque no sábado que vem as turmas serão igualadas.

Um abração a todos e que Deus nos guarde e abençoe as nossas mãos e mentes com muito trabalho!

Casemiro - História


No último sábado (09/04), demos mais atenção às características das transformações no Feudalismo, enfatizando às Cruzadas, à Crise do Século XIV e a Formação dos Estados Modernos. Em algumas turmas (01 e 02 e 05) começamos a falar de algumas características do Renascimento.

Sobre as Cruzadas, elas foram organizadas após declaração do Papa Urbano II, em 1095, convocando todos os cristãos a lutarem contra os muçulmanos, após os turcos ocuparem Jerusalém e começarem a perseguir os cristãos e impedir sua peregrinação à cidade sagrada. Obviamente, havia outros interesses envolvidos, como a busca por terras, o comércio, e a intenção de reunificar o Catolicismo, que tinha se dividido em 1054 (entre Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma, e Igreja Católica Ortodoxa, com sede em Constantinopla).
Após a Primeira Cruzada (1096-99), vitoriosa, os muçulmanos reotmaram Jerusalém e as cruzadas posteriores fracassaram. Mas a relação das Cruzadas com o surgimento do comércio de longa distância se mostrou patente, como vimos na página 23 da apostila.

Sobre a Crise do Século XIV, foi destacado as más colheitas, devido ao esgotamento dos solos, a pragas e inundações, gerando uma epidemia de fome em toda a Europa. A fome preparou o terreno para uma doença bacteriana vinda do Oriente com as caravanas, a Peste Negra ou Bubônica, transmitida por pulgas de ratos, que matou um terço da população européia.
Diante dessa grave crise, para diminuir seus prejuízos, a nobreza feudal aumentou os impostos sobre os servos, eclodindo nas Revoltas Servis. Estas não foram centralizadas nem organizadas, mas demonstraram o teor de descontentamento do povo frente as condições que enfrentavam.

A Crise do Século XIV provocou a decadência e enfraquecimento de boa parte da nobreza feudal, fator que permitiu aos reis centralizarem o poder político em suas mãos, transformando a Suserania em Soberania. Mas, o que contribuiu para o fortalecimento régio foi o apoio econômico da burguesia, que com seus impostos e financiamentos, fortaleceram o Estado com um Exército pago mais numeroso e preparado. A burguesia, por sua vez, se benefiava com a unificação da moeda nacional, facilitando o comércio, além da leis régias que protegiam as caravanas de ataques e da arbitrariedade dos senhores feudais. Isso sem contar nos empreendimentos de conquista de outros lugares e de comércio, bons para o poder do Rei e lucrativos para a burguesia.
No entanto, essa aliança econômica não constituía uma aliança política: o Rei era também um senhor feudal, e não era de seu interesse alterar a ordem dos estamentos feudais. Por isso, na organização e concretização do Estado – uma construção humana abstrata com fins de dominação política e militar sobre um território e população – os monarcas convocaram a nobreza aliada para os cargos públicos, afim de representar o poder do Rei, extendendo seu poder para além de sua visão. Com o Estado, o poder régio está presente, mesmo que o Rei fisicamente não esteja.

Sobre o Renascimento, alguns ensaios foram iniciados falando o que eles estavam “renascendo”: a valorização do Ser Humano presente na cultura greco-romana, o Humanismo. Com o Humanismo, os renascentistas buscaram construir um conhecimento humano com base na Razão, comprovada através de experiências – em detrimento do conhecimento com base na autoridade, de cunho religioso e místico, sem comprovação. Utilizou-se como exemplo o Geocentrismo, teoria ptolomaica sobre o Universo defendida pela Igreja (tudo giraria em torno da Terra). Explicação da Igreja: Deus havia escolhido a Terra para que Seu Filho viesse, sendo incocebível submeter a Terra a outro astro. Em contrapartida, o Heliocentrismo - a teoria copernicana defendia por Galileu – tinha como explicação a comprovação, pois cálculos matemáticos através da observação dos astros levaram a conclusão de que a Terra gira em torno do Sol.
Outros aspectos, como o Teocentrismo e o Antropocentrismo, serão trabalhados no próximo sábado, junto com Reformas Religiosas.