"Eu prefiro ser um otimista e estar errado do que ser um pessimista e estar certo"
Albert Einstein

domingo, 1 de maio de 2011

REVISÃO - Aula 30-04-2011 - Expansão Marítima Européia


Pessoal,

Aqui está a revisão de ontem.

Bons estudos

Luiz

A aula foi focada na Expansão Marítima portuguesa, destacando os objetivos construídos dentro do processo de expansão.

A Expansão Marítima não foi tarefa fácil. Fruto do Renascimento, a observação e a experiência foi necessária para subjugar o desconhecido e as superstições acerca do Oceano. Havia, portanto, barreiras técnicas e ideológicas quanto à expansão, e por isso não podemos tomá-la pelo fim dela, mas pelo início, com objetivos mais pontuais.
Inicialmente, a expansão portuguesa se mostrou como um prolongamento das Guerras de Reconquista cristãs contra os muçulmanos na Península Ibérica. Esses conflitos tiveram influência das Cruzadas, e a expulsão dos muçulmanos esteve diretamente ligada ao processo de centralização política de Portugal e Espanha.
A luta contra os muçulmanos se extendeu para o outro lado do Mar Mediterrâneo. No norte da África, a conquista de Ceuta marcou o início da expansão marítima portuguesa, uma vez que outro objetivo surgiu: ter acesso as riquezas da Guiné (África Subsaariana), marfim, ouro, escravos e pimenta. Nesse ponto, uma questão da UFF 2011, de 2ª fase, foi comentada, sobre o papel dos africanos no tráfico de escravos, sendo ressaltado que a escravidão já existia na África, e portanto o europeu entrou para o mercado consumidor de um produto que já existia lá.
O interesse português por escravos estava relaciuonado ao inicio da colonização dos arquipélagos de Açores Madeira, com a implantação de capitanias hereditárias, produção de açucar com mão de obra escrava, modelo copiado depois para a colonização do Brasil. Os portugueses, incialmente, tentaram obter essas mercadorias pela força, mas viram que não daria certo. Então partiram para política de alianças, e com a permissão de aliados africanos, fixaram-se no litoral, construindo fortes que serviam de entrepostos comerciais, e os produtos eram levados diretamente para eles. Os europeus não conseguiram entrar no continente não só pela resistência militar africana, mas também pela barreira biológica, já que as doenças transmitidas por mosquitos dizimavam os europeus, como febre amarela, malária e doença do sono. De cada 10 europeus, só dois sobreviviam em 2 anos de morada na África.
Com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, muçulmanos, os portugueses começaram a investir em outro objetivo: chegar ao Oriente contornando a África. Depois de várias tentativas fracassadas, Bartolomeus Dias consegue, em 1487, vencer o Cabo das Tormentas. Mais tarde, Vasco da Gama seguiu a rota de Dias e chegou a Calicute, na India.
Apesar das dificuldades para obter as especiarias, uma vez que os muçulmanos da India não queriam negociar com os portugueses, a viagem de Vasco da Gama rendeu um lucro de 60 vezes o valor investido para na viagem. Mas a resistência muçulmana viria abaixo dois anos depois, com uma marinha de guerra de 13 navios e 1200 homens capitaneada por Pedro Alvares Cabral. Sob ameaça de bombardeio das cidades indianas, os portugueses começaram o processo de colonização da India. Uma questão da UERJ 2010 de segunda fase foi usada como base para aula, pois cobrava os objetivos da expansão portuguesa e a importância do litoral africano para o comércio com o Oriente, sendo o ouro africano  fundamental para a obtenção de especiarias na Ásia.

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